Gritava a plenos pulmões. Desesperada. Perdida. Caminhava descalça pela rua na esperança de ver os pés sangrar. O piso era no entanto macio e mesmo que caisse ao chão não iria sentir dor. Era assim o mundo que a rodeava. Como transformar o pesar? Queria uma simples permuta. O emocional pelo fisíco. Teria de arranjar maneira. Gritar não era grande ajuda e o fumo do cigarro aliviava apenas por minutos. Perguntou-lhe. Ele tinha experiencia em matérias de dor ainda que com tenra idade. Respondeu-lhe numa palavra só: habituação. Ela viu os seus olhos tristes muitas vezes. A verdade é que não eram tanto agora. As desilusões eram já tabuada. Aconselhou-a a construir uma tabela como ele fez quando se tornou dificil contar pelos dedos. Ah! e a deixar espaço no papel... Muito espaço... Ele Olhou-a como se fosse criança à qual tiraram a chupeta porque já era crescida para ser bonito usá-la.
Não há segurança maior do que a certeza das coisas que são ditas sem palavras.
Não há segurança maior do que a certeza das coisas que são ditas sem palavras.
2 jogadas:
nem mais!
a verdade está entre os silencios =)
Ja começas a ouvir
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