sexta-feira

sonhando ou vivendo

As noites pouco descanso têm tido.
Sou eu que as desassossego.
Denuncio a minha preocupação pela inquietação e movimentos constantes pela cama.
Quero paz.
Sonho com anjos brancos,
nuvens suaves ao toque,
música infantil em tom baixo
tão baixo que quase se torna impossível
ouvir as palavras sussuradas.
Vejo-me saltitar ao som dela, parece-me familiar a melodia mas a letra é imperceptível.
Concentro-me e fecho os olhos,
sinto uma brisa leve, tão leve, sinto o cheiro a algodão doce.
Abro os olhos e vejo nuvens cor-de-rosa, ovelhas cor-de-rosa,
aproximo-me delas, cheiram a algodão doce.
Aperto uma ovelha carinhosamente, sigo-a.
Estou à porta duma capela, que conheço, mas que está num sítio completamente incógnito.
Sinto o cheiro a maresia, mas não vejo mar.
Corro, continuo a correr em direcção a nada, continuo a andar olho em volta e não vejo qualquer coisa, apenas branco, tudo é branco, um branco límpido, leve, luminoso.
Ando, continuo a andar.
Sento-me no chão de perna cruzada com tom de amuo.
Espero.
Desespero.
Deito-me.
Viro-me de barriga para baixo.
Conto até 500.
Viro-me.
Abro os olhos.
Dás-me a mão.
Pergunto-te o nome.
Disseste que não precisava de saber, porque quando acordasse, estarias lá, ao meu lado.
Margarida

1 jogadas:

Rui Fartura. disse...

foste tu que escreveste isto?... está muito bom a sequência de ideias e a construção do texto.

=)*

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