domingo

bailarina

Queria ver-te correr descalça na praia, como se não existisse amanhã.
Adoro ver-te brincar à beira mar de sapatos na mão, com aquele vestido rosa pálido que se funde com a tua pele, como um encaixe perfeito.
O vento nos teus cabelos castanhos muito claros e brilhantes, sublinha-lhes a sua leveza.
Embrenhada na água, tão sublime, dás ao mar as ondas com a tua dança, minha bailarina.
Sais da água molhada, com o vestido colado ao corpo, ainda hoje fecho os olhos e te vejo assim.
Sinto na boca o sabor da tua pele salgada e fria, mas não um salgado acentuado, um salgado adocicado porque a tua pele é assim, tem um sabor inigualável.
Estendes-te na areia, e nem te preocupas com a areia que se cola ao corpo. És assim, espontânea e não te importas com mais nada.
Ficas a olhar o céu e a forma das nuvens, apontas-me a que achas mais engraçada, aquela em forma de coelho, lembras-te?
Das coisas que tu te lembras…Mas eu adorava o tempo que passava contigo por isso mesmo…O tempo passava sem se dar por isso, tu tinhas esse dom, de fazer com que o tempo desaparecesse.
Continuo a olhar para o desenho que fiz de ti e continuo a achar que nunca conseguirei transparecer a tua beleza por mais que treine, por mais que tente, por mais que me aperfeiçoe.
Tu és impossível de idealizar. Tu és única.
Sinto-me um ser inferior ao pé de ti.
Se existir perfeição, tu serás a pessoa que a simboliza.
Margarida

sinal sonoro


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